sexta-feira, 3 de junho de 2016

É possível o pet conviver com seu bebê?





Hoje em dia os pets estão em alta! É muito fácil encontra uma casa com gatos e/ou cachorros. Atualmente, estudos mostram que as famílias têm o dobro de pets que o número de filhos. Uma das maiores questões é: como fazer essa interação quando o bebê chega em casa?

Os pais têm medos e receios de deixar seu cachorro ou gato chegarem perto de seu filho, preocupando-se com a reação que o animal possa ter e com as doenças que eles possam transmitir.

Por isso, é importante começar o processo de interação desde a gestação. Para isso, permita que seu pet chegue perto da sua barriga e que tenha contato com ela, mesmo que seu bebê se mexa neste momento.

Permita que ele cheire e conheça o quarto, berço, carrinho e roupinhas, mostrando que é possível ele participar deste momento e não o puna por mostrar interesse por esses objetos novos buscando facilitar esta estimulação e contato. Se possível, coloque uma boneca no berço para perceber a reação dele, e nunca use os objetos para assustá-lo ou fazer brincadeiras bruscas.
O pet que chega na casa antes de um bebê, tem um lugar de cuidados e toma a atenção da casa para si, por ser o membro único da família naquele momento. Ele acostumou-se com sua rotina de passeios e interação. Quando a mulher descobre a gravidez, a dedicação e atenção ao pet tende a começar a diminuir em diferentes níveis, isso não por falta de amor ao animal, mas muitas vezes porque novos interesses e preocupações começam a ganhar espaço.

Quando o bebê nascer, o pet, inevitavelmente, irá perder um pouco da atenção, por isso deve-se ficar atento a seus comportamentos, tentar ao máximo deixá-lo livre para manter sua rotina e buscar sempre dedicar algum tempo de qualidade só a ele. Para isso, é muito importante o casal mostrar parceria nos cuidados do pet, para este não se sentir abandonado, triste e enciumado. Por exemplo: no caso de o cachorro sair todo dia para passear e fazer suas necessidades, isso deve se manter, ou pela mulher ou homem.

Assim, como eu posso ter uma boa relação com meu filho e meu pet?

1- O seu pet deve ter todas vacinas e exames em dia, para não trazer nenhuma doença ao bebê.
2- Quando estiver na maternidade, peça para alguém da família levar uma roupinha do bebê para seu pet sentir o cheiro e se acostumar (pode ser também um paninho com cheirinho do bebê). A roupinha/paninho pode ser colocada em locais que sejam prazerosos para o pet, assim ele irá começar a familiarizar-se com a presença de seu filho.
3- Se você irá restringir algumas áreas da casa a seu pet, inicie isso já na gestação.
4- Atentar-se a alergias.
5- De início ,por segurança, não deixo o focinho do pet encostar no bebê, mas demonstre felicidade por ele conseguir se aproximar do bebê e mostrar interesse por ele, recompensando-o. Deixe o pet ficar próximo a você durante alguns cuidados básicos do bebê. Também permita que durante a gestação ele se aproxime das coisas e quarto do bebê
6- Vá estimulando, permitindo e facilitando a aproximação aos poucos. Reforçando com carinho e petiscos quando ele se comportar bem!
7- Toda vez que ele tiver uma reação positiva com seu bebê, parabenize
8- Deixe-o lamber, se seu cachorro for carinhoso a esse ponto. O contato com animais e as lambidas auxiliam no fortalecimento do sistema imunológico pelo contato com novas bactérias, porém é bom evitar lambidas na região do rosto.
9- Dedique um tempo só a seu pet, tentando dar atenção exclusiva e de qualidade, seja para brincar, passear ou dar carinho.   
10- Importante manter a caixinha de areia sempre limpa, trocando-a com maior frequência.
11- Se seu gato sai para rua, durante a gravidez, a gestante deve evitar limpar a caixinha, pedindo para alguém fazer isso, mas se não for possível, use luvas e lave muito bem as mãos. Tudo isso para evitar toxoplasmose.
12- Manter as unhas curtas e cortadas para não arranhar seu bebê
13- Deixar o pet cheirar as coisinhas do bebê e o próprio bebê, e ficar próximo a você durante alguns cuidados básicos.
14- Supervisione a aproximação para evitar acidentes, mesmo se seu pet for dócil e carinhoso.
15- Em alguns casos, aulas de adestramento são necessárias e indicadas.
16- Repreenda os maus comportamento do pet
17- Respeito o tempo do seu pet, não force uma aproximação, deixe que ela ocorra de forma gradual.

É normal que eles tenham ciúmes, por isso, principalmente no começo, não se deve deixar o bebê com o pet sozinho, porque algo pode acontecer sem a sua supervisão, o animal é irracional. Ter um pet por perto do bebê estimula muito seu amadurecimento físico e emocional. Estimula o desenvolvimento motor do engatinhar e da coordenação motora fina e grossa, ao imitar o pet a caminhar, querer tocar, acariciar, dar alimento, escovar e outras. Colabora com o desenvolvimento afetivo e social, estimula a empatia e noções de cuidado. Além de diminuir os níveis de estresse e auxilia no fortalecimento do sistema imunológico pelo contato com novas bactérias.


Com o tempo, paciência da família e dedicação,  o amor acontece entre eles, e com o crescimento ambos se tornam melhorem amigos e protetores um do outro.

terça-feira, 1 de março de 2016

Seu filho tem medo do escuro? Saiba o que fazer



O medo do escuro é comum na infância e pode aparecer por volta dos dois anos e estender-se, em geral, até os sete, fase onde a imaginação da criança está mais aflorada e faz com que muitos não consigam distinguir a realidade da ficção.

Esse sentimento faz parte do desenvolvimento emocional do ser humano. É a reação de proteção que o organismo tem ao acreditar que algo possa lhe fazer mal. Por isso que, na hora de dormir, quando os pais não estão por perto e as luzes apagadas, esse sentimento aflora.

As especialistas no assunto, psicólogas do Grupo Terapêutico Núcleo Corujas, Luciana Romano e Raquel Benazzi, dão algumas dicas para os pais que se encontram nessa situação. Confira a entrevista exclusiva:

É normal crianças terem medo do escuro?
R. Sim, é muito comum que as crianças apresentarem medo do escuro, isso faz parte do desenvolvimento psicológico de cada um. Cabe ressaltar que o medo em si, não é patológico, ele é uma emoção básica e importante, tem uma função e é universal, faz parte do ser humano. O medo prepara fisicamente nosso organismo para situações de perigo, luta e fuga e nos permite avaliar situações de risco.

Esse medo do escuro, geralmente vem acompanhado de uma carga de ansiedade e insegurança, apresenta-se por meio do Sistema Nervoso Autônomo com taquicardia, suor, aumento do ritmo respiratório, tensão muscular. As crianças podem apresentar alguns comportamentos como: insônia, xixi na cama, paralização, gritos, choro e outros.

Por que muitas crianças temem ficar e dormir em ambientes escuros?
R. O escuro é o lugar do desconhecido, da perda de controle sobre as coisas e sobre si. Na escuridão muitos se sentem impotentes, fracos e vulneráveis. Para a criança que tudo ainda é muito imaginário e a fantasia reina na psique, o escuro abre portas para que seus medos, angústias e pavores tomem lugar, espaço concreto, e não fica apenas no mundo interno e inconsciente.

Como os pais devem lidar com isso – é correto força-la a abandonar o medo ou deixa-la superar sozinha?
R. Na verdade, não indicaríamos nenhuma das duas alternativas, pois ambas não fortalecem emocionalmente a criança a lidar e enfrentar essas situações. Não é indicado forçá-la a encarar o medo, principalmente com ameaças e nem estimular temores, tentando usar o medo como uma ferramenta de educação, como por exemplo: "Se não comer salada, o bicho papão/a bruxa virá te pegar". As crianças são muito concretas e têm pouca capacidade de simbolizar e compreender metáforas. Assim, tais atitudes acabam por deixá-las mais fragilizadas.

Outro erro comum é negar o medo infantil e forçar o filho a dormir pedindo que não acorde mais os pais com essas “bobagens”. Isso ocorre com mais frequência quando os pais estão esgotados, sem paciência e perdidos, sem saber como agir corretamente. Esse é um dos maiores desastres que os pais podem fazer: não validar as emoções e sentimentos do filho, desestimular o diálogo e não propiciar formas saudáveis de lidar com o problema. Muitas vezes só da criança saber que pode compartilhar o medo e explicar como se sente aos pais, promove sensação de alívio, acolhimento e proteção.

Pedir ajuda e expor os sentimentos já é um passo bastante importante, valorize isso!
Tomar cuidado para não rir nem ridicularizar o medo infantil e, muito menos, fazer comparações da criança com outras que não apresentam esse medo. Essa atitude distancia a criança dos pais, pois ela sentirá que não pode contar com eles diante às dificuldades, tornando-se mais introspectivo e com menos recursos internos e estratégias criativas de solucionar seus conflitos. Além de internalizar que o que sente e percebe é bobagem, sem valor, podendo ter consequências desastrosas no futuro. Nossa tarefa enquanto adultos é munir os filhos de ferramentas para que possam enfrentar seus medos e temores internos e externos e não jogá-los nas situações sem condições e estratégias de enfrentamento.

O que os pais podem fazer para ajudar?
R. Estimulamos os pais a compartilhar com a criança que eles também já passaram situações similares. Isso faz com que os filhos sintam-se valorizados, apoiados e, principalmente, pensam: “Se papai/mamãe (que são os super-heróis dos filhos) já sentiram isso e venceram, tudo bem! Eu também posso sentir e conseguir vencer! Ufa!”. Os pais podem contar maneiras que eles próprios encontrarem para resolver os medos, além de juntos poder explorar diversas formas de como conseguir enfrentar o conflito. A criança irá se identificar com eles, e se sentir capaz de superar essa situação.

Complementem dizendo que todos têm medos e que em certo nível o medo é importante e nos protege, pois aparecerão situações na vida que nos farão sentir desta forma, precisamos então é saber como lidar e se proteger das adversidades e não excluir, negar. Mostre a ele, com calma, paciência, validação e amor que é possível aprender a “domar” esse medo, e que isso o ajudará no futuro.

Os pais podem criar uma rotina de tranquilidade e relaxamento antes de dormir. Não deixe as crianças assistirem programas agitados que promovam tensão. Contar histórias à noite costuma ser muito eficaz e benéfico. Verifiquem junto a eles se não há monstros embaixo da cama, janela, no banheiro e nos armários.

Uma luz acessa no corredor ou no banheiro pode deixar a criança mais segura e diminui a possibilidade de enxergar coisas assustadoras. Lanterna ou abajur ao lado da cama servem também como apoio em caso de a criança sentir muito medo durante a noite.

Fazer uso de algo que dê segurança à criança, como amuleto é uma boa dica para esta fase, assim os pais estarão ensinando-a se proteger frente às ameaças e não a excluir o problema. Com o passar do tempo, a ideia é que a criança não precise mais deste “amuleto”, pois já o reconhece internalizado em si. A escolha desse objeto é muito singular, pode ser bicho de pelúcia, cobertor ou até algum brinquedo que lhe transmita segurança e aconchego. 

Hoje existem muitas coleções de livros infantis sobre diversos medos. Procure uma livraria em que você possa encontrar tais livros e leia para os seus filhos, eles ajudam muito. 

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Artigo: O que realmente faz a gente feliz?


A busca por momentos felizes faz parte do ser humano em todas as épocas da história, porém no mundo pós-moderno, tornou-se quase um dever. Atualmente, perpetua-se a ideia de uma “felicidade” muito pueril, praticamente, divina, acredita-se que depois de conquistada a vida será eternamente agradável e os problemas não trarão conflitos ou sofrimento.

A sociedade tende a criar modelos de felicidade ao ofertar diversos objetos como sendo os que terão o poder de proporcionar tal sentimento. Estas conquistas, porém, são realizações de desejos que transmitem sensação de bem estar, mas assim que supridos a incompletude de algo a mais gera um desprazer novamente, uma sensação de vazio.

Este sentimento é mais superficial e rápido, sem sentido de vida e é visto como momentânea e impulsiva. Após sentir essa felicidade instantânea, a tendência é sentir vazio e desprazer, um ciclo sem fim. Não é saudável, do ponto de vista psicológico, viver constantemente em um estado de euforia, pois assim o indivíduo não entra em contato com outros aspectos de sua personalidade, de sua essência, que incluem as características tidas como positivas e negativas e que são tão genuínas como qualquer outra. 

Esse fenômeno é percebido nas redes sócias, onde todos parecem felizes, as pessoas mostram aquilo que na Psicologia Analítica chamamos de Persona, a máscara social usada para uma adaptação à coletividade. A Persona só revela aos outros os aspectos de nossa personalidade que achamos bacana, bonito e que seguem as normas de grupos sociais e culturais. Cabe apontar que ela é necessária para o desenvolvimento psíquico, um bom exemplo dela é a “roupagem” que colocamos quando vamos ao trabalho, nos posicionamos e nos mostramos de uma forma neste ambiente. 

Assim, nas redes sociais, as pessoas, comumente, gostam de mostrar o melhor de si e possuem milhares de ferramentas para expor apenas uma parcela de sua personalidade, àquela que acham mais bonitas socialmente. Para isso, alguns se transformam em grandes personagens que só revelam aspectos maravilhosos, porém isso nunca corresponde a um ambiente real.
Para Psicologia Social essa questão é vista como sociedade do espetáculo, onde tudo se torna um teatro aos outros, devendo sempre mostrar alegria, felicidade. Como se a vida fosse uma novela para os outros assistirem, e não como ela deve ser vivida, tudo se trona irreal e superficial.

Muitos estudos nesta área revelam que as exposições de muito sucesso, lazer, felicidade e conquistas nas redes sociais despertam sentimentos de inveja e insatisfação no outros com a própria vida. Isto, pois a vida do outro parece ser boa o todo momento, sempre.

A felicidade é algo particular, portanto seria um grande engano acharmos que existe a pílula mágica ou uma receita pronta para felicidade. Além disso, o conceito de felicidade muda muito de acordo com o contexto e a forma de abordar, assim, é possível olhar pelo ponto de vista religioso, psicológico, filosófico, estético, e outros.

Será que felicidade é ter adquirido um monte de conhecimento? Ser o número um na área em que você atua? Não envelhecer? Não ter rugas na cara? Ter o carro da moda? Para nós, Estar feliz não é estar alegre, é sentir-se bem com sua vida e suas fases, sabendo que há conflitos a serem trabalhados e dificuldades no caminho. É sentir-se completo e não perfeito.

Temos diversos tipos emoções e formas de interagir com o mundo, mas não podemos focar apenas em uma parte, pois o equilíbrio de todas nossas partes, inclusive a raiva e a tristeza são importantes, este equilíbrio que gerará a sensação de bem estar, de que a pessoa está em contato com sua essência, conhecendo-se, dando chance para novas oportunidades. Neste sentido estamos correlacionando a felicidade muito mais com maturidade psicológica, sendo assim, para ser feliz é necessário conhecermos a nós mesmo e essa tarefa é difícil e complicada.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Promessas, o que devemos dizer aos pequenos!


Todo início de ano enumeramos desejos e objetivos a seguir ao longo dos próximos meses. Para papais e mamães acrescenta-se à lista, diversos comportamentos relacionados à educação dos pequenos, e é aí que algumas promessas podem não ser cumpridas.

As psicólogas do Grupo Terapêutico Núcleo Corujas, Luciana Romano e Raquel Benazzi, analisam a importância de avaliar o que é dito aos filhos e a melhor maneira de educar, a palavra chave é “paciência”. Confira algumas dicas:

“Gritar ou brigar com a criança”

Os pais precisam compreender que para educar é lidar com as próprias frustrações e raiva, antes de gritar ou bater nos filhos. Cabe aos pais trabalharem sua própria agressividade, nos momentos difíceis, você pode dizer: "Mamãe está brava e muito chateada, preciso sair para tomar um arzinho e depois a gente conversar", ou "Assim não dá para conversar, quando você se acalmar a gente procura entender melhor o que está acontecendo e buscar soluções em conjunto, ok?”.

“Deixar o pequeno de castigo”

O castigo é muito mais uma forma de punição do que de educação. Por isso priorizamos outra forma de abordagem: aquela que trabalha com as consequências. Em vez de colocá-lo de castigo, procure aplicar e mostrar a ele a consequência de sua ação, isto é, fazê-lo vivenciar o resultado que aquela atitude provocou e das escolhas dele. Exemplo: A criança jogou bola na casa, sabendo que não podia e quebrou um vaso da mãe - No lugar de colocá-lo no famoso "cantinho do castigo" e deixá-lo lá, faça o seguinte: 1- Mostre que ficou chateada por ele ter descumprido uma regra que já era conhecida; 2- faça-o, com sua supervisão, limpar a sujeira que causou. 3- você pode dizer que ele precisará pagar parte do vaso com a mesada dele, comprar outro e negociar o valor com a criança.

“Ceder aos caprichos.”

Sempre dizemos aos pais: "Confie pai! Confie mãe!", ou seja, estas situações de educação constrangem os adultos, mas precisam ser enfrentadas com coragem. Não caia na armadilha social e não ceda à pressão, pois você irá passar uma mensagem ambígua a ela e sua palavra pode começar a perder valor, pois mesmo dizendo "não”, promove o "sim". Quando os escândalos começarem, fique na altura da criança (olho no olho), fale com um tom de voz firme e forte que você não está gostando desta atitude dele e que isso, de forma alguma, levará a criança a conseguir o que quer. Caso ela não se acalme, você pode contê-lo (segurar com firmeza sem machucar) e dizer que irão embora do lugar, pois dessa maneira não é possível conversar com ele e nem resolver a situação. No momento em que ele acalmar-se, converse de maneira aberta e coerente, ajudando-o a entender os motivos de agir assim, nomear o sentimento que teve, e as consequências desta atitude.

“Hora da refeição”

Antes de tudo é necessário que a família dê o exemplo daquilo que prega e seja coerente com as regras para não estimular comunicações ambíguas, como por exemplo: um dia exige comer na cozinha e outro, sem explicação, cede e permite que esta regra seja quebrada; isso confunde a criança e gera muitos conflitos familiares. A ideia de que a criança só come se for do jeito dela, com certeza, é porque houve espaço e permissão dos pais para esse comportamento. Se necessário, peça ajuda e orientação de um profissional e lembre-se que isso faz parte do processo de aprendizagem.

“Programação em família”

As crianças estão em fase de aprendizagem, desenvolvimento e construção de identidade, por isso é importante estimular diferentes experiências e conhecimentos. Hoje há diversos programas culturais próprios para a infância, aproveite e programe-se. Se desde o início a família mostrar que isso pode ser divertido, a criança dará continuidade a tal experiência. A família pode criar uma regrinha, escolher e decidir juntos por esse tipo de programa ao longo do mês, assim todos aprendem com essas atividades, além disso, muitas vezes as crianças gostam quando coleguinhas ou outros familiares são incluídos e convidados.

“Hora de Dormir”

Caso a criança vá para quarto dos pais, é necessário acolher e leva-la novamente ao quarto dele, permaneça lá até ele adormecer (se necessário), mostre que está presente. Tente entender e explorar os motivos dele buscar dormir com os pais com uma conversa franca. É muito importante criar as rotinas de sono: banho, pijama, escovar dentes, deixar casa com menos luminosidade e barulho, ler histórias infantil, entre outras ações que você poderá construir com seu próprio filho. Ensine que é importante cada um ter seu cantinho de dormir e que ele precisa ter o espaço dele, assim como os pais.

A educação requer muita paciência, firmeza, amor e força de vontade dos pais, não desistam!

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

É possível recuperar o espírito natalino das crianças?


O Natal é período mágico com muitos motivos para reunir a família, porém é possível perceber o enfraquecimento do verdadeiro sentido da comemoração, principalmente nos pequenos. As crianças se preocupam em enumerar listas de presentes que ganharão dos pais, familiares e papai noel, mas será que mesmo com a concorrência dos presentes é possível mostrar a eles qual é o verdadeiro sentido do Natal?

As psicólogas do Grupo Terapêutico Núcleo Corujas, Luciana Romano e Raquel Benazzi, acreditam que é possível valorizar a reunião familiar e fazer as crianças entenderem o simbolismo da data. “Faça com que o Natal se torne um momento especial para família, comece bem antes com a montagem da árvore, use o Natal até para atividades como: pinturas de desenhos, leitura de histórias, enfeites pela casa, biscoitos com a temática”, afirmam.

Para manter a magia, o mais importante é estar junto às crianças, para que elas entendam as tradições e os costumes que cada família tem. Quando os pais conhecem os filhos é possível compreendê-los e fazer com que cada momento seja especial. Criar brincadeiras, jogos e amigo secreto, faz todos se aproximarem, e esta pode ser a oportunidade dos pais resgatarem a criança interior que possuem e divertirem-se com os filhos.

As crianças são muito lúdicas. Aprendem a se expressar e elaborar seus conflitos através do brincar. Faça uso de filmes, jogos, livros infantis e atividades lúdicas que permitam maior entendimento do espírito natalino, tanto para a criança quanto para a família toda, afinal o resgate pode servir para os adultos também”, destacam as especialistas.

Além disso, é importante estimular todos os membros de sua casa a participar de ações beneficentes com pessoas carentes, fazer doações de algo que é seu, como brinquedos e roupas que possam ser mais úteis a outras pessoas, mostram aos filhos o verdadeiro espírito do Natal.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Como impor limites aos bebês e crianças?

Fonte: Blog Miss Mãe


Olá minhas amoras lindas!!!

Estamos enfrentando uma fase bem chata e difícil na educação do bolotinha. Henrique está cheio de vontades, não aceita o não, desafia tudo e todos e nos testa a todo tempo. Me deparei com um questionamento que imagino ser o mesmo de muitas mamães: Como impor limites a um bebê de apenas 1 ano e meio? A gente lê tanta coisa, mas na prática tudo é tão diferente, não é mesmo? Por isso conversei com as amoras psicólogas Raquel  Benazzi e Luciana Romano do Núcleo Corujas e elas me apresentaram a situação de uma maneira clara e dentro da realidade. Gostaria de dividir com vocês! Bora lá conferir a entrevista?

Qual a maneira correta de falar não?

A dica para os pais é é falar com firmeza e coerência quando imporem os limites, além de buscar sustentar o “não”. Como assim? Mantenha seu posicionamento, explique os motivo e, quando possível, ofereça alternativas. O que também ajuda muito nesta fase de aprendizagem é a forma com que os pais reagem aos diversos tipos de comportamentos de frustação da criança. Eles devem fazê-las entrar em contato com a consequência dos seus atos e responder por eles.

Colocar limites é um trabalho de educação diário que exercita também a paciência e o controle às frustrações dos próprios pais. Os pais precisam aprender a fazer uma avaliação de si mesmos, refletindo se estão sendo coerentes nos limites e se não confundem a criança como quando oras falam sim e oras falam não para situações semelhantes sem explicações claras.

Ensinar os limites não é apenas dizer não, mas também estimular a criança a fazer escolhas com responsabilidades.

Já li em alguns artigos que é importante falar não acompanhado de uma explicação. Isso é verdade? Fico pensativa porque se eles (no caso de bebês) não entendem a explicação, qual o sentido de falar?

É sempre bom explicar o motivo do não usando uma linguagem adequada à idade. O diálogo e a clareza na informação são essenciais. Os adultos tendem a subestimar a inteligência infantil! Acredite e confie que se você se impuser adequadamente, tiver embasamento e a criança confiar na figura do adulto, ela irá compreender sim. Porém a aprendizagem e educação fazem parte de um processo e não somente de um único evento/situação. Sempre justifique a restrição, mas para isso nem sempre a palavra não precisa ser necessária, por exemplo: Você pode dizer: “Você poderá sim comer chocolate, mas após o almoço, pois ele será sua sobremesa”, no lugar de “Você não pode comer chocolate agora”.

Quando os pais não explicam aos filhos, estes ficam sem nenhum referencial, possibilidade de compreensão das normas sociais, podem fantasiar os motivos, e muitas vezes entenderão como uma punição, o que pode trazer complicações para o relacionamento parental e dificuldades emocionais mais para frente.

Como as crianças na fase de 1 ano interpretam a palavra não?

Com um ano de idade a criança ainda possui o que chamamos de pensamento mágico, entende que ela e o mundo são a mesma coisa e mostra muita urgência em suas demandas. Ela não sabe ainda esperar e controlar seus anseios pois seu cérebro está em desenvolvimento (crescimento) e amadurecimento (ganho de novas funções), não tendo muita capacidade ainda para lidar com as frustrações. Sua necessidade de satisfação tem que ser imediata e assim deve ser, mas isso não quer dizer que os pais devam permitir tudo, como por exemplo: puxar cabelo, beliscar, apertar, e outros. Nestas situações, os pais podem impedir a ação da criança, segurar o bracinho quando for puxar o cabelo e começar a verbalizar:  “Não! Assim machuca a mamãe! Não vou deixar!”. Como a linguagem nesta idade ainda é recente e nova, usam formas de comunicação já aprendidas para expressarem suas angústias e frustrações, como o choro e agitação .

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Saiba como lidar com a agressividade infantil


Muitos bebês apresentam graus de agressividade ao longo do seu desenvolvimento e é comum perceber essas novas emoções de raiva e irritabilidade quando a criança começa a entender o mundo ao seu redor. Manhas, birras, gritos e choros, e não importa a motivação é sempre ruim aprender a lidar com isso.

Especialistas no assunto, as psicólogas do Grupo Terapêutico Núcleo Corujas, Luciana Romano e Raquel Benazzi, dão algumas dicas para os pais que se encontram nessa situação. Confira a entrevista exclusiva:

Por que os bebês agem com brutalidade com 1 ano de idade (bater, morder, arranhar)?
R: Brutalidade, nesta idade, faz parte da interpretação do adulto nos atos da criança. Os bebês de 1 ano ainda não tem o superego desenvolvido, que é nossa área cerebral de repreensão do que é errado moralmente, que nos faz agir dentro da norma social e cultural. Estão em fase de aprendizado e podemos dizer que eles são totalmente ligados às emoções, não conseguem ainda controlar ou conter as pulsões, frustrações e os sentimentos. Cabe apontar que dependendo da intensidade e frequência de determinado ato, é interessante buscar a ajuda de um psicólogo para compreender o que desperta tais reações e, nesta fase, o trabalho é sempre voltado para compreensão da dinâmica familiar, pois o bebê reflete problemas e dificuldades da família.

O sentimento de raiva para os bebês é igual ao dos adultos?
R: A emoção raiva é a mesma, porém os significados, as vivências e expressões associadas a esta experiência é sempre particular. Nesta idade a criança é concreta e tende a expor os sentimentos sem muito filtro, além de, captar emoções do núcleo familiar, elas denunciam alguma dificuldade da mãe, pai ou da dinâmica. Os adultos precisam encontrar formas saudáveis de lidar com a raiva e não negligenciá-la ou ocultá-la.

A escola/creche influência esse comportamento de alguma forma?
R: A escola está presente em grande parte no dia da criança, portanto influencia em muitos comportamentos. Lá elas entraram em contato com outras crianças e adultos de vivências diferentes o que despertará, inevitavelmente, inúmeras emoções. Há casos onde a agressividade estava relacionada apenas a reprodução dos gritos e nervosismos dos pais, outro caso a criança mordia demais os coleguinhas da escola e compreendemos, dentro do trabalho terapêutico, que os pais estavam muito rígidos e preocupados com uma educação exemplar, não deixavam que comportamentos de erros ou frustração pudessem aparecer, o que ganhava vasão na agressividade aos amigos. Portanto, o mais importante é analisar cada situação, criança e família de forma única e particular!

Como lidar com esse tipo de comportamento? Existe algum método para aplicar nesses momentos?
R: Quando a criança demonstra sua agressividade, os pais devem ajudá-la a entender os motivos de tal sentimento e reação, além de apontar, com carinho, o que é certo e errado. As crianças devem ser repreendidas através de conversas e repreensão adequadas (e só se for necessário), e não com mais agressividade, senão elas aprendem que isso é comum e aceitável.

O que pode acontecer se caso os pais optarem por dar tapinhas na mão, na boca e falar com brutalidade com a criança?
R: Conforme falamos, a criança aprende com os comportamentos dos adultos, então se o pai bater na criança, ela achará que isso é aceitável e que poderá reproduzir com outras pessoas. A raiva é um sentimento que sempre vai existir e os pais devem ajudar a criança a entendê-la, aceitá-la e expressá-la de forma saudável.