Por: Luciana Romano e Raquel Benazzi
Há
algumas semanas, a modelo Sarah Stage publicou fotos com uma barriguinha
sarada, algo normal, se ela não estivesse no oitavo mês de gravidez. A
repercussão foi enorme, surgiram várias dúvidas sobre as recomendações de
atividades físicas para gestantes. Será
que a prática de exercícios físicos afeta o desenvolvimento do bebê que está a
caminho? Até que ponto é saudável? Quais os cuidados que as mamães de primeira
viagem devem ter ao praticar exercícios ao longo da gestação?
São inúmeros questionamentos, vale lembrar que
cada caso é único, a gestante que não tem contraindicações médicas, por
exemplo, pode e deve realizar atividade física, afinal o exercício ajuda no
condicionamento, diminui riscos de diabetes gestacional, reduz as comuns dores
na lombar e, também, auxilia no bem-estar emocional e mental da mamãe.
Nesse período, as recomendações básicas são treinos
de baixo impacto e de intensidade leve a moderada, sempre acompanhada de um
profissional da área e com a liberação do seu médico. Pilates, yoga,
hidroginástica e caminhadas estão entre as atividades mais procuradas entre as
gestantes.
Pra quem já tinha o hábito de fazer exercícios
antes da gravidez e está sem contra indicações médicas, a rotina segue leve
mudanças, pois o corpo está adaptado. Em caso de atletas, é possível
exercitarem-se em intensidade maior com mais segurança. Entretanto, em ambos os
casos recomenda-se uma avaliação mensal do médico e o acompanhamento de
educador físico.
Muitas mamães também iniciam os exercícios para a
estimulação e preparação do parto normal, o que realmente ajuda, mas devem ser
feito com a ajuda de profissionais que irão indiciar o melhor treino para cada
gestante. Hoje em dia, diversas academias são especializadas em gestantes e possuem
aulas diferenciadas para elas.
Outro ponto a ser discutido é a estética nesse
período. A mulher normalmente, até pela intensa cobrança social, sente-se
insatisfeita com seu corpo e deseja sentir-se bem consigo mesmo. Já na
gestação, essa preocupação intensa e excessiva ainda é rara, mas podem-se
observar alguns casos.
Quando se está grávida a mudança corporal é
inevitável e junto com a alteração hormonal, a sensibilidade e a fragilidade
emocional da mãe intensificam, onde pode colaborar para que crie uma imagem
corporal negativa de si mesma, fazendo-a buscar um ideal, que nem sempre é
aconselhado na gestação.
Essa necessidade em controlar o peso pode virar
uma preocupação excessiva e a gestante opta por dietas radicais. Em alguns
casos, é possível identificar distúrbios alimentares, principalmente quando a
mulher já sofreu com esse problema antes da gravidez.
Por isso, é preciso tomar precauções, se o papai
perceber algo de diferente, deve acolher e conversar com a mulher para tentar
mostrar que não há necessidade de exagerar, pois é prejudicial. Antes de tomar
qualquer decisão é melhor conversar com o médico e procurar ajuda de um
psicólogo para orientação.