terça-feira, 16 de junho de 2015

Gravidez Fitness – O que pode ser considerado saudável?


Por: Luciana Romano e Raquel Benazzi

Há algumas semanas, a modelo Sarah Stage publicou fotos com uma barriguinha sarada, algo normal, se ela não estivesse no oitavo mês de gravidez. A repercussão foi enorme, surgiram várias dúvidas sobre as recomendações de atividades físicas para gestantes.  Será que a prática de exercícios físicos afeta o desenvolvimento do bebê que está a caminho? Até que ponto é saudável? Quais os cuidados que as mamães de primeira viagem devem ter ao praticar exercícios ao longo da gestação?

São inúmeros questionamentos, vale lembrar que cada caso é único, a gestante que não tem contraindicações médicas, por exemplo, pode e deve realizar atividade física, afinal o exercício ajuda no condicionamento, diminui riscos de diabetes gestacional, reduz as comuns dores na lombar e, também, auxilia no bem-estar emocional e mental da mamãe.

Nesse período, as recomendações básicas são treinos de baixo impacto e de intensidade leve a moderada, sempre acompanhada de um profissional da área e com a liberação do seu médico. Pilates, yoga, hidroginástica e caminhadas estão entre as atividades mais procuradas entre as gestantes.

Pra quem já tinha o hábito de fazer exercícios antes da gravidez e está sem contra indicações médicas, a rotina segue leve mudanças, pois o corpo está adaptado. Em caso de atletas, é possível exercitarem-se em intensidade maior com mais segurança. Entretanto, em ambos os casos recomenda-se uma avaliação mensal do médico e o acompanhamento de educador físico.

Muitas mamães também iniciam os exercícios para a estimulação e preparação do parto normal, o que realmente ajuda, mas devem ser feito com a ajuda de profissionais que irão indiciar o melhor treino para cada gestante. Hoje em dia, diversas academias são especializadas em gestantes e possuem aulas diferenciadas para elas.

Outro ponto a ser discutido é a estética nesse período. A mulher normalmente, até pela intensa cobrança social, sente-se insatisfeita com seu corpo e deseja sentir-se bem consigo mesmo. Já na gestação, essa preocupação intensa e excessiva ainda é rara, mas podem-se observar alguns casos.

Quando se está grávida a mudança corporal é inevitável e junto com a alteração hormonal, a sensibilidade e a fragilidade emocional da mãe intensificam, onde pode colaborar para que crie uma imagem corporal negativa de si mesma, fazendo-a buscar um ideal, que nem sempre é aconselhado na gestação.

Essa necessidade em controlar o peso pode virar uma preocupação excessiva e a gestante opta por dietas radicais. Em alguns casos, é possível identificar distúrbios alimentares, principalmente quando a mulher já sofreu com esse problema antes da gravidez.

Por isso, é preciso tomar precauções, se o papai perceber algo de diferente, deve acolher e conversar com a mulher para tentar mostrar que não há necessidade de exagerar, pois é prejudicial. Antes de tomar qualquer decisão é melhor conversar com o médico e procurar ajuda de um psicólogo para orientação.