sexta-feira, 3 de junho de 2016

É possível o pet conviver com seu bebê?





Hoje em dia os pets estão em alta! É muito fácil encontra uma casa com gatos e/ou cachorros. Atualmente, estudos mostram que as famílias têm o dobro de pets que o número de filhos. Uma das maiores questões é: como fazer essa interação quando o bebê chega em casa?

Os pais têm medos e receios de deixar seu cachorro ou gato chegarem perto de seu filho, preocupando-se com a reação que o animal possa ter e com as doenças que eles possam transmitir.

Por isso, é importante começar o processo de interação desde a gestação. Para isso, permita que seu pet chegue perto da sua barriga e que tenha contato com ela, mesmo que seu bebê se mexa neste momento.

Permita que ele cheire e conheça o quarto, berço, carrinho e roupinhas, mostrando que é possível ele participar deste momento e não o puna por mostrar interesse por esses objetos novos buscando facilitar esta estimulação e contato. Se possível, coloque uma boneca no berço para perceber a reação dele, e nunca use os objetos para assustá-lo ou fazer brincadeiras bruscas.
O pet que chega na casa antes de um bebê, tem um lugar de cuidados e toma a atenção da casa para si, por ser o membro único da família naquele momento. Ele acostumou-se com sua rotina de passeios e interação. Quando a mulher descobre a gravidez, a dedicação e atenção ao pet tende a começar a diminuir em diferentes níveis, isso não por falta de amor ao animal, mas muitas vezes porque novos interesses e preocupações começam a ganhar espaço.

Quando o bebê nascer, o pet, inevitavelmente, irá perder um pouco da atenção, por isso deve-se ficar atento a seus comportamentos, tentar ao máximo deixá-lo livre para manter sua rotina e buscar sempre dedicar algum tempo de qualidade só a ele. Para isso, é muito importante o casal mostrar parceria nos cuidados do pet, para este não se sentir abandonado, triste e enciumado. Por exemplo: no caso de o cachorro sair todo dia para passear e fazer suas necessidades, isso deve se manter, ou pela mulher ou homem.

Assim, como eu posso ter uma boa relação com meu filho e meu pet?

1- O seu pet deve ter todas vacinas e exames em dia, para não trazer nenhuma doença ao bebê.
2- Quando estiver na maternidade, peça para alguém da família levar uma roupinha do bebê para seu pet sentir o cheiro e se acostumar (pode ser também um paninho com cheirinho do bebê). A roupinha/paninho pode ser colocada em locais que sejam prazerosos para o pet, assim ele irá começar a familiarizar-se com a presença de seu filho.
3- Se você irá restringir algumas áreas da casa a seu pet, inicie isso já na gestação.
4- Atentar-se a alergias.
5- De início ,por segurança, não deixo o focinho do pet encostar no bebê, mas demonstre felicidade por ele conseguir se aproximar do bebê e mostrar interesse por ele, recompensando-o. Deixe o pet ficar próximo a você durante alguns cuidados básicos do bebê. Também permita que durante a gestação ele se aproxime das coisas e quarto do bebê
6- Vá estimulando, permitindo e facilitando a aproximação aos poucos. Reforçando com carinho e petiscos quando ele se comportar bem!
7- Toda vez que ele tiver uma reação positiva com seu bebê, parabenize
8- Deixe-o lamber, se seu cachorro for carinhoso a esse ponto. O contato com animais e as lambidas auxiliam no fortalecimento do sistema imunológico pelo contato com novas bactérias, porém é bom evitar lambidas na região do rosto.
9- Dedique um tempo só a seu pet, tentando dar atenção exclusiva e de qualidade, seja para brincar, passear ou dar carinho.   
10- Importante manter a caixinha de areia sempre limpa, trocando-a com maior frequência.
11- Se seu gato sai para rua, durante a gravidez, a gestante deve evitar limpar a caixinha, pedindo para alguém fazer isso, mas se não for possível, use luvas e lave muito bem as mãos. Tudo isso para evitar toxoplasmose.
12- Manter as unhas curtas e cortadas para não arranhar seu bebê
13- Deixar o pet cheirar as coisinhas do bebê e o próprio bebê, e ficar próximo a você durante alguns cuidados básicos.
14- Supervisione a aproximação para evitar acidentes, mesmo se seu pet for dócil e carinhoso.
15- Em alguns casos, aulas de adestramento são necessárias e indicadas.
16- Repreenda os maus comportamento do pet
17- Respeito o tempo do seu pet, não force uma aproximação, deixe que ela ocorra de forma gradual.

É normal que eles tenham ciúmes, por isso, principalmente no começo, não se deve deixar o bebê com o pet sozinho, porque algo pode acontecer sem a sua supervisão, o animal é irracional. Ter um pet por perto do bebê estimula muito seu amadurecimento físico e emocional. Estimula o desenvolvimento motor do engatinhar e da coordenação motora fina e grossa, ao imitar o pet a caminhar, querer tocar, acariciar, dar alimento, escovar e outras. Colabora com o desenvolvimento afetivo e social, estimula a empatia e noções de cuidado. Além de diminuir os níveis de estresse e auxilia no fortalecimento do sistema imunológico pelo contato com novas bactérias.


Com o tempo, paciência da família e dedicação,  o amor acontece entre eles, e com o crescimento ambos se tornam melhorem amigos e protetores um do outro.